O Ranking da Educação Básica do MPF mede o desempenho global de estados e municípios na oferta de serviços educacionais. A nota final é resultado da soma das notas nos seguintes indicadores: “Investimento por Aluno” (peso 3), “Índice de Desenvolvimento da Educação Básica” (peso 2), “Remuneração Global do Magistério” (peso 2), “Aluno por Professor” (peso 2), “Horário Integral” e “Quantidade de Professor Efetivo em relação ao Total de Profissionais do Magistério”.
Cada um desses indicadores também está apresentado em formato de ranking, elaborado a partir de dados do Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Educação (Siope) e do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Como os diversos rankings utilizam unidades de valor diferentes (exemplo: número de alunos por professor, nota no Ideb, recursos investidos, valores de salário, etc), foram aplicados uma fórmula e um desvio padrão para converter as diversas informações em notas comparáveis entre si. Isso permitiu a soma das notas, gerando o Ranking do MPF.
Os indicadores “Investimento em Educação – Mínimo Constitucional de 25%” e “Percentual do Fundeb Investido em Magistério - Mínimo de 60%” entram no cálculo do Ranking do MPF apenas como penalidades. Ou seja, estados e municípios perdem pontos quando não investem o mínimo previsto na legislação, conforme tabela proporcional.
O indicador “Remuneração Inicial do Magistério” não foi considerado para compor o ranking do MPF, tendo em vista que o indicador "Remuneração Global do Magistério" já foi considerado para essa finalidade.
Estados e municípios que não informaram dados no Siope não aparecem nos rankings.
As informações utilizadas para confecção dos rankings foram extraídas do Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Educação (Siope) e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
No caso do Siope, os dados são autodeclaratórios e inseridos diretamente no sistema por estados e municípios. Embora existam mecanismos para evitar o envio de informações erradas ou inconsistentes, é possível que alguns dados informados não reflitam a realidade, alterando a nota dos ranqueamentos.
Estados e municípios têm a obrigação legal de alimentar o Siope de forma correta e prestar informações sobre a execução das verbas da educação. Isso atende à legislação vigente e aos princípios constitucionais da moralidade, transparência e publicidade administrativas.
No entanto, apesar da obrigação, há casos em que os dados não foram informados ou estão incompletos. Estados e municípios que não apresentaram as informações não aparecem no respectivo ranqueamento nem no Ranking da Educação Básica do MPF.
A falta de dados ou eventuais inconsistências prejudicam o planejamento das políticas públicas de educação. Por isso, é importante que a sociedade e os órgãos de controle façam acompanhamento, verificando se as informações foram de fato prestadas e a correção dos dados informados.
Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Educação (Siope) – Foi criado para permitir que o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) fiscalize investimentos públicos em educação feitos pelos estados e municípios brasileiros, principalmente os previstos pela Constituição Federal no artigo 212, que obriga o emprego de, no mínimo 25% do orçamento em Manutenção e Desenvolvimento da Educação.
Também acompanha a correta aplicação dos recursos oriundos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Pela legislação, os entes devem destinar no mínimo 60% dos valores do Fundo para a remuneração do magistério.
A partir de 2017, os estados e municípios passaram a ter a obrigação informar, por meio do Siope, a remuneração, o CPF e a lotação de cada professor, a fim de que seja possível constatar se o piso nacional do magistério está sendo observado, bem como se o profissional está em efetivo exercício.
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) – Autarquia federal vinculada ao Ministério da Educação (MEC), o Inep tem como missão subsidiar a formulação de políticas educacionais dos diferentes níveis de governo. Compila e divulga os dados do Ideb e fornece informações sobre horário integral das escolas públicas.
O Ranking da Transparência Educacional do MPF é uma iniciativa da Câmara de Direitos Sociais e Fiscalização de Atos Administrativos em Geral (1CCR/MPF) em parceria com a Secretaria de Tecnologia da Informação e Comunicação (STIC/MPF). Entre em contato com a equipe do projeto: